in "A derrota do partidismo"
Publicado no “Jornal de Oeiras” de 1-11-2005
”Ignorando quaisquer considerações de moral e de ética em relação ao facto de se candidatarem independentes que, embora não tenham sido condenados por qualquer ilícito, estejam envolvidos em problemas com a justiça – porque isso é irrelevante para o caso em apreciação - tivemos pela primeira vez a possibilidade de se candidatarem a eleição para cargos nas autarquias pessoas não apresentadas pelos partidos e, como se sabe, quase todas essas pessoas foram eleitas. Isto representa uma estrondosa derrota do “partidismo”, o sistema em que o poder reside nos partidos e não nos cidadãos. O facto de ter passado a ser possível a apresentação de candidaturas para as Câmaras Municipais sem serem apresentadas pelos partidos, havendo, assim, uma possibilidade de fugir à ditadura partidocrática, levou a um confronto entre essas candidaturas realmente independentes e as candidaturas apresentadas pelos partidos. Em quase todos os casos, os independentes venceram os partdários. Podendo escolher livremente - uma característica inerente à democracia – os cidadãos elegeram quem entenderam ser melhor para os cargos a que se candidatavam.”
Miguel Mota, Oeiras
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