Bem-vindos a um fórum que se pretende de discussão livre sobre todos os temas que acharem pertinentes, mas que se pretende direccionado para as questões da liderança.

Tuesday, July 29, 2008

As coisas que se lêem por aí...


"Non, ou a vã glória de mandar"

Apesar dos 34 anos que nos separam do Estado Novo, os destinos do nosso país continuam nas mãos das mesmas corporações. Não são forças obscuras, são bem visíveis. Têm poder não pelo que fazem, mas pelo que impedem que se faça. Amordaçam o empreendedorismo e a livre iniciativa. Apelam ao imobilismo e à letargia, bloqueando qualquer iniciativa de mudança. Têm completa aversão ao risco. Confundem-se com o Estado e são fonte de custos acrescidos para a nossa economia. São o poder "cego" do homem do leme, que dirige o “Navio”, tranquilamente, para o abismo, não delegando em quem pode ultrapassar o cabo das tormentas. As estatísticas divulgadas sobre a competitividade do nosso país são esclarecedoras. O Rei Vai Nu.

Monday, July 28, 2008

A palavra dos outros

in "A derrota do partidismo"

Publicado no “Jornal de Oeiras” de 1-11-2005
”Ignorando quaisquer considerações de moral e de ética em relação ao facto de se candidatarem independentes que, embora não tenham sido condenados por qualquer ilícito, estejam envolvidos em problemas com a justiça – porque isso é irrelevante para o caso em apreciação - tivemos pela primeira vez a possibilidade de se candidatarem a eleição para cargos nas autarquias pessoas não apresentadas pelos partidos e, como se sabe, quase todas essas pessoas foram eleitas. Isto representa uma estrondosa derrota do “partidismo”, o sistema em que o poder reside nos partidos e não nos cidadãos. O facto de ter passado a ser possível a apresentação de candidaturas para as Câmaras Municipais sem serem apresentadas pelos partidos, havendo, assim, uma possibilidade de fugir à ditadura partidocrática, levou a um confronto entre essas candidaturas realmente independentes e as candidaturas apresentadas pelos partidos. Em quase todos os casos, os independentes venceram os partdários. Podendo escolher livremente - uma característica inerente à democracia – os cidadãos elegeram quem entenderam ser melhor para os cargos a que se candidatavam.”
Miguel Mota, Oeiras

A palavra dos outros

Publicado na VISÃO nº 792, de 8 de Maio de 2008
DEMOCRACIA
Quando Ricardo Araújo Pereira (V791) diz que "É todo o nosso conceito de democracia que está em causa" mostra que tem, como a maioria dos portugueses, um conceito muito bizarro de "democracia". Não só não pode candidatar-se a deputado, se o desejar, como não pode escolher livremente as pessoas em quem delega, pelo voto, o seu poder para legislarem e governarem, duas condições necessárias para haver democracia. Só tem "licença" de escolher para, em seu nome, legislarem e governarem, uma de meia dúzia de "listas" feitas ditatorialmente por outros tantos senhores. Em Portugal, embora muitos lhe chamem, erradamente, democracia, vigora uma ditadura partidocrática, para a qual cunhei a palavra "partidismo", para estar de acordo com os outros "ismos".
Miguel Mota, Oeiras

Pensamento do dia (2)

"Não nos podemos alhear da política se queremos compreender o nosso mundo e o nosso tempo, se queremos influenciar os nossos destinos e o destino."

E. Morin, sociólogo e filósofo francês, As Grandes Questões Do Nosso Tempo

Pensamento do dia (1)

"A política ocupa-se do que há de mais complexo e precioso: a vida, o destino, a liberdade dos indivíduos, das colectividades e, doravante, da humanidade."

E. Morin, sociólogo e filósofo francês, As Grandes Questões Do Nosso Tempo

Causa Pública


Há dias, numa entrevista a que estava a ser submetido, o jornalista perguntou-me "o que o leva a dar mais pelos outros, do que por si próprio?" Silêncio...

Grande pergunta e, como devem calcular, a resposta foi tão disparatada que eu me escuso de a revelar. Mas fez-me pensar e é essa reflexão que gostava hoje de partilhar convosco.


Sou um defensor da Causa Pública há cerca de 15 anos. É algo de que me orgulho e digo-o sem qualquer pretenciosismo. Tal como direi de qualquer um que me assegure o mesmo. Ninguém se pode julgar defensor da Causa Pública se não o disser. Baralhados? Não...passo a explicar.


É hoje, infelizmente, comum, associarmos ao Serviço Público aspectos pejorativos de que ninguém se orgulha, pois, como é sabido, há pessoas boas e más em todo o lado. Pois bem, quem não se identifica como estando em funções públicas - por vergonha, pejo, tontice, timidez, ou estupidez - não pode, obviamente, ser considerado um defensor da Causa Pública!


E este país, mais uma vez infelizmente, está cheio deles...estúpidos e afins!


Como diz o meu pai, "vergonha é roubar e ser apanhado!"...boa sabedoria a do meu pai, que assume, bem no seu carácter transmontano, que os desavergonhados são estúpidos! Salvaguardando as devidas distâncias e atendendo a que o - ainda - pouco público deste blog é "gente" séria, forjada no e pelo trabalho, quero terminar dizendo o que me vai na alma.


A minha terra, a minha vila, a minha cidade, a minha Freguesia, o meu Município, o meu País, estará sempre bem entregue nas "mãos" daqueles que nunca reneguem o seu principal - e único porque tão abrangente e transversal - objectivo, a defesa da Causa Pública! EU SOU UM DEFENSOR DA CAUSA PÚBLICA!

Thursday, July 17, 2008

"A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro" John F.Kennedy

É consensual, que o modelo de crescimento económico, em que assentou a nossa economia durante as últimas décadas, esgotou-se. Há pelo menos 10 anos, que este facto é conhecido pelos "líderes" de opinião deste país. Sendo assim, porque razão continuamos a comer, avidamente, os últimos pedaços do queijo, que resultaram do anterior paradigma e não damos o passo em frente, aceitando a mudança? Será porque a mudança implica algum risco? Depois de quase três décadas de "prozac" prescrito por um Estado Providência generoso, mas “cego”, estaremos algo obesos e acomodados? E as gerações do Pós-25 de Abril abdicaram do futuro vivendo, sofregamente, o presente? O REI VAI NÚ

A minha primeira vez...

Como qualquer primeira vez, custa sempre um bocadinho, mas não há-de ser nada...

Na vida, como no trabalho, tudo se constrói e baseia em momentos. Assisti há pouco a um que é paradigmático da vivência das organizações. Chama-se "Aceitação de Nomeação". Para os menos entendidos, trata-se de uma promoção de carreira na Administração Pública, de alguém que já integra os seus quadros. Esse algo, no caso, é muito especial. É alguém que, a não existir, não faria existir a organização. Pelo menos como ela é, porque, sem prejuízo de as organizações serem as pessoas, sobrevivem para além delas. Mas esta "pessoa", é mesmo especial. A organização deve-lhe muito e deve-lhe muito de bom. E, por uma singela característica, que cada vez mais rareia no mundo do trabalho, na órbita profissional...interessa-se...preocupa-se...não é indiferente! Para além disso, ainda consegue ser competente, disponível e protectora...não por acaso, é a mãezinha!

Lembrando o "Gato Fedorento" e "o meu filho é uma jóia de moço"...a Helena é uma jóia de moça!

Moral da História: se, como já ouvi alguém defender (Congresso Nacional da Administração Pública, 2007), os líderes não lideram, mas, ao invés, são liderados e embora não o subscreva, então saibamos estimar aqueles que nos rodeiam, respeitando-os e conquistando a sua confiança. Pode ser que tenhamos a sorte (ou o talento) de nos cruzarmos com mais "Helenas".

Wednesday, July 16, 2008