A expressão “aquela máquina” surge em 1974 (pouco depois do 25 de Abril), criada pelo chefe do Departamento de Publicidade da Regisconta, António Gomes de Almeida e cantada, pela primeira vez, num filme de desenho animado (http://www.truca.pt/artes_e_artistas_material/regisconta_material/regisconta.html).
Basicamente, significava que a Regisconta não era uma máquina de calcular, uma máquina de escrever, uma caixa registadora, ou um computador, a Regisconta era…”aquela máquina”.
Prometi no último artigo que dedicaria este à minha equipa…à equipa que me levou à vitória em Paço de Arcos, nas últimas eleições autárquicas.
Não há espaço onde coubessem todas as palavras que eles mereciam ler.
Esta foi a minha quinta campanha eleitoral, desde que em 1993 me juntei à grande família oeirense. Ganhei todas! Mas também já perdi, mas não em Oeiras... Aliás, a vontade não terá sucesso a não ser que se esteja disposto a fracassar.
O fracasso é, realmente, uma questão de conceito. As pessoas não trabalham arduamente porque, no seu conceito, imaginam que serão bem sucedidas sem nunca fazerem um esforço por isso. A maioria delas acredita que, um dia, acordarão vencedoras. De facto, em parte têm razão, porque, um dia, irão mesmo acordar.
Esta campanha foi diferente, como já tinha sido a de 2005, ano em que se formou o movimento de cidadãos independentes, Isaltino Oeiras Mais à Frente. Esta mais intensa, a outra com maior empenho pessoal, desde logo por me apresentar como cabeça-de-lista em Paço de Arcos.
A vitória conquistada foi, sem margem para dúvidas, incontestável e por números que superaram largamente as outras forças políticas concorrentes, assim como os resultados alcançados há quatro anos. Tal pôde ser constatado para a Assembleia da Freguesia, assim como para a Assembleia Municipal e para a Câmara Municipal.
Perceber as causas deste sucesso, disposto a fracassar, vai muito para além de mim próprio e daquilo que eu represento enquanto pessoa e enquanto político/candidato.
Conforme na Junta tem havido muitas pessoas e, depois, há o Amaral, durante a campanha também houve muitas pessoas e, depois, houve a Alexandra. Como houve o Miguel, o Luís Miguel, a Gabriela, o Piricas, o Alvim, os Ruis, o Severo, a Paula, o Ricky, o Aniceto, o Gonçalves, o Fernando, a Professora, o Zé Manel, a Helga, a Carmo, a Fanny, o Carlos, a Manuela, o João, o Bernardo (e os pais), a Susana, a Ana Rute, o Carlos Alberto e a Margarida.
Foi a potenciá-los que eu atingi o meu potencial. Avaliei com conhecimento, com habilidade e com desejo; fui Modelo, levando-os a fazer o que viam; permiti-lhes (partilhando) o Sucesso, criando expectativas e verbalizando-as; deleguei Responsabilidades, partilhando o poder e a capacidade de fazer as coisas; demonstrei publicamente a minha Confiança neles; fui dando Feedback sobre o desenvolvimento de todo este processo, quer em privado com cada um deles, quer em grupo para toda a estrutura; libertei-os para seguirem sozinhos, permitindo que tomassem boas decisões e contribuíssem para o sucesso. A capacidade para se trabalhar com pessoas, é o ingrediente mais importante para o sucesso.
Não importa o que se queira fazer. Se conseguirmos conquistar as pessoas, seremos vencedores!
Há pessoas que são verdadeiramente “acrescentadoras”, que me fazem levar à prática um dos meus lemas: “faz todo o bem que puderes, a todas as pessoas que puderes, de todas as maneiras que puderes e enquanto puderes”.
A minha equipa não era uma soma de, ou das pessoas, não era o Nuno, o Amaral, ou a Alexandra, a minha equipa era…”aquela máquina”!